Diálogo existencial

- Amas?

- Sim, amo.

- O que és capaz de fazer por amor?

- Tudo!

- O que é tudo para ti?

- É ser verdadeira comigo e com todos.

- E consideras isso amor?

- Sim, o amor é a verdade.

- Então consegues amar verdadeiramente?

- Vou trabalhando nisso diariamente. Uns dias consigo, outros não... preciso de me empenhar nisso.

- Como é que fazes isso?

- Tento sair do automático e ficar atenta a tudo o que se passa em mim. 

- Podes contar como é isso?

- Reparando quando e em que situações fico triste, alegre, chateada, revoltada, irritada... quando sinto amor, compaixão, falta de paciência, culpa...

- O que fazes quando encontras essas emoções em ti?

- Nada... ou melhor... tudo! Trabalho o meu autoconhecimento e mais uma vez procuro colocar amor... a transformação surge quando colocamos consciência em tudo. Ao colocar consciência, o amor brota como uma linda rosa!

- O amor é então uma meta a atingir?

- O amor é a verdade de quem Somos. Essa é a meta.

- Compreendes isso na totalidade?

- Vou compreendendo com as situações da vida. Ela trás-me a cada dia as lições que preciso de aprender. 

- Achas que a vida é uma aliada do amor?

- Sim. Porque ela nos ensina com todas as situações que vivemos. Mesmo aquelas que consideramos más, porque no fundo, tudo nos leva para o caminho do amor.

- E qual é o objetivo de tudo isso?

- Viver!

- O que é viver?

- É amar!

- Podemos começar de novo?

- Sim, podemos até aprender!

- Quem és tu?

- Tu!

- Como assim, tu?

- Eu sou a tua consciência!

- Este diálogo é verdadeiro?

- Sim é. Experimenta perguntar o que quiseres.

- Como sei que as respostas estão certas?

- Saberás... Tu és Eu... Eu sou tu!

- Onde está Deus então?

- Neste diálogo existencial!

Célia Marques 06/05/21